... saímos então em autonomia em direcção aos fantasmas, numa manha já mais agradável mas ainda com algum nevoeiro matinal que teimava em não nos deixar, fazendo um trilho único começamos a marcar os nossos passo na neve branca, num cenário lindo contornamos o marco geodésico e seguimos pela neve em direcção ao vale da candeeira onde fizemos alguns destrepes complicados naquelas falésias que guardam o vale da candeeira.
Quando chegamos lá abaixo paramos para morder uma sandocha e encher os cantis com aquela água cristalina que já reflectia os raios solares, fresquinha como sempre, atravessamos para a outra margem onde agora que começara a aquecer íamos começar a subir numa mistura de paisagem branca da neve e negra das cinzas dos incêndios que fustigaram Portugal no ano de 2005, começava a pingar de suor e as paragens começavam a ser frequentes. Chegamos então ao topo e depois daquele tínhamos ainda mais dois vales para atravessar até que finalmente chegamos as escarpas que se designam por fantasmas.
Paramos montei dois rapeis e subi para vir almoçar, chegou o resto do pessoal e começaram a montar os outros rapeis estivemos ali a tarde toda num sol abrasador num cenário que só alguns têm a possibilidade de observar, do lado direito avistamos o esplendor do cântaro magro e mais abaixo as arvores características do covão da ametade, o nosso ponto seguinte e de pernoita. Montamos acampamento e de repente fica noite, um céu estrelado e uma lua quase cheio faziam daquele cenário ainda mais bonito do que aquilo que é, e claro sempre resguardados pelo majestoso cântaro magro.
No dia seguinte, para mim o mais esperado, uma vez que iríamos subir até ao covão cimeiro, montar acampamento e depois subiríamos pelo corredor largo naquele que foi à minha primeira cordada em autonomia na neve, chegamos quase ao corredor onde calçamos os crampons agarramos nos piolets e em duas cordadas comecei a abrir o percurso tentando sempre escolher a neve mais rija, aquela que ficava mais à sombra num percurso aos ziguezagues lá fomos subindo fizemos algumas paragens par beber água demoramos 30 minutos a subir o corredor e quando chegamos lá a cima olhei para a minha cordada e no meio do cansaço consegui ver aquele sorriso de satisfação por alcançarem o topo, logo a seguir chegou a segunda cordada e o sentimento foi o mesmo. Era domingo e mais acima começamos a ver montes de domingueiros a fazer sku e a conspurcarem a neve branca que ganhava agora tons de castanha uma coisa horrível, mas o pior nem é estarem lá pois todos temos os mesmos direitos, mas também temos todos os mesmo deveres de respeitar a natureza e mantê-la limpa, use mas não abuse...
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
Pois é nao ha cume que nao se alcance nem há barreiras q nao se passem, basta acreditar em nos.Foi 1 amigo q me disse isto um dia.
Pouco a pouco vais publicando as memórias de um montanheiro... Também estou de acordo que basta acreditar em nós para mover montanhas...
Beijocas ao montanheiro
ah pois ér mas a historio do "portugal n e so teu!" era mais frase de anuncio...pior que na neve é nas dunas!!a malta n liga pq é so areia!uma motinha,um calcar!enfim ainda bem q ha pesoas cm tu para chamar alguns a razao...
bom dia!
Post a Comment