Tuesday, March 14, 2006

memorias de um montanheiro...

... saímos então em autonomia em direcção aos fantasmas, numa manha já mais agradável mas ainda com algum nevoeiro matinal que teimava em não nos deixar, fazendo um trilho único começamos a marcar os nossos passo na neve branca, num cenário lindo contornamos o marco geodésico e seguimos pela neve em direcção ao vale da candeeira onde fizemos alguns destrepes complicados naquelas falésias que guardam o vale da candeeira.
Quando chegamos lá abaixo paramos para morder uma sandocha e encher os cantis com aquela água cristalina que já reflectia os raios solares, fresquinha como sempre, atravessamos para a outra margem onde agora que começara a aquecer íamos começar a subir numa mistura de paisagem branca da neve e negra das cinzas dos incêndios que fustigaram Portugal no ano de 2005, começava a pingar de suor e as paragens começavam a ser frequentes. Chegamos então ao topo e depois daquele tínhamos ainda mais dois vales para atravessar até que finalmente chegamos as escarpas que se designam por fantasmas.
Paramos montei dois rapeis e subi para vir almoçar, chegou o resto do pessoal e começaram a montar os outros rapeis estivemos ali a tarde toda num sol abrasador num cenário que só alguns têm a possibilidade de observar, do lado direito avistamos o esplendor do cântaro magro e mais abaixo as arvores características do covão da ametade, o nosso ponto seguinte e de pernoita. Montamos acampamento e de repente fica noite, um céu estrelado e uma lua quase cheio faziam daquele cenário ainda mais bonito do que aquilo que é, e claro sempre resguardados pelo majestoso cântaro magro.
No dia seguinte, para mim o mais esperado, uma vez que iríamos subir até ao covão cimeiro, montar acampamento e depois subiríamos pelo corredor largo naquele que foi à minha primeira cordada em autonomia na neve, chegamos quase ao corredor onde calçamos os crampons agarramos nos piolets e em duas cordadas comecei a abrir o percurso tentando sempre escolher a neve mais rija, aquela que ficava mais à sombra num percurso aos ziguezagues lá fomos subindo fizemos algumas paragens par beber água demoramos 30 minutos a subir o corredor e quando chegamos lá a cima olhei para a minha cordada e no meio do cansaço consegui ver aquele sorriso de satisfação por alcançarem o topo, logo a seguir chegou a segunda cordada e o sentimento foi o mesmo. Era domingo e mais acima começamos a ver montes de domingueiros a fazer sku e a conspurcarem a neve branca que ganhava agora tons de castanha uma coisa horrível, mas o pior nem é estarem lá pois todos temos os mesmos direitos, mas também temos todos os mesmo deveres de respeitar a natureza e mantê-la limpa, use mas não abuse...

3 comments:

Anonymous said...

Pois é nao ha cume que nao se alcance nem há barreiras q nao se passem, basta acreditar em nos.Foi 1 amigo q me disse isto um dia.

Anonymous said...

Pouco a pouco vais publicando as memórias de um montanheiro... Também estou de acordo que basta acreditar em nós para mover montanhas...
Beijocas ao montanheiro

Mári len said...

ah pois ér mas a historio do "portugal n e so teu!" era mais frase de anuncio...pior que na neve é nas dunas!!a malta n liga pq é so areia!uma motinha,um calcar!enfim ainda bem q ha pesoas cm tu para chamar alguns a razao...
bom dia!