que triste realidade...

Que se passa nesta terrinha em que vivemos…Portugal, Espanha, Mundo…por muito que tente fugir, evitar ver o noticiário, andar de olhos fechados, tapar o nariz, há sempre algo que escapa se não veja-se o que esta acontecer por todo país ou mesmo fora dele, será moda atear incêndios? Nem tenho palavras para descrever a angustia que me vai na alma, ao ver o fumo lá longe das chamas que vão consumindo o ar que respiro e quando fecho os olhos para não ver o aroma a churrasco de arvores queimadas entra-me pelo nariz e mesmo de olhos fechados me vêm as lágrimas aos olhos e quando assim que tapo o nariz para não conseguir cheirar ouço ao longe as sirenes dos carros de bombeiros loucos por apagar os incêndios, tenho pena e sinto uma revolta dentro de mim, um aperto, um nó na garganta que quase me desfaço em lágrimas, não sei se serão só de tristeza ou também de raiva por vivermos num mundo em que estas atrocidades possam ainda acontecer.
Que se passa com esta miséria de gente que não percebe que anda a queimar a sua própria vida e também a dos outros, muitas vezes a troco de uns míseros trocos, que actos de loucura são estes, por favor digam-me, expliquem-me, que tipo de doença é esta e qual o tipo de cura para tal desgraça. É que por muito que tente entender existem coisas que não dão para entender, estará o mundo a fazer mal a alguém? Será o dinheiro que cega esta gente? Será droga? Será álcool? Será doença? Que miséria, que tristeza, será que as politicas de combate a incêndio estão a ser eficazes por si só, não descurando o trabalho a que os bombeiros estão fazendo de dia, de tarde e de noite, numa incessante vontade de parar com o mal que mentes doentes teimam em começar, será que chega esta politica de comprar aviões para o combate aos incêndios, também não descurando o seu precioso trabalho no combate a estes, ou será preciso começar a combater os incêndios antes de estes começarem? Como o fazer? Será assim tão difícil de responder a este tipo de perguntas? Eu acho que não, começando pela educação para a protecção do ambiente, na criação de policias florestais, na criação de condições para que existam voluntários a fazer a patrulha das nossas preciosas florestas ou no que resta destas, instalar meios em pontos estratégicos para que possam ser monitorizadas este tipo de acções que para mim são muito mais do que meros actos criminosos, sei lá não sou politico mas enquanto conseguir respirar vou lutar até que os nossos sucessivos governos pensem em alternativas ao combate aos incêndios.
E aqueles que praticam este tipo de actos, que o fogo vos consuma a alma e vos asfixie num sofrimento brutal até que entre em combustão espontânea e ardam devagarinho como lenha verde que vai ardendo a pouco e pouco. Que acto de demência, imbecilidade, cegueira, parvoíce, estupidez…se me conseguirem ouvir acordem e comecem a pensar que a MÃE NATUREZA, não tem culpa das vossas doenças ou obsessões…

emoções que fazem mover...

A noite está linda para ir já para a tenda, a ouvir um belo som acompanhado com o som dos grilos, vou divagando no pensamento que só me leva a um destino. É a ultima noite de férias foi bom para espairecer as ideias e mudar de ares, mas agora a vontade é ir embora, não sei bem porquê mas parece que estou a ser atraído por uma força maior, estou aqui mas o meu pensamento já vai alto de mais.
Acho que estou fartinho deste tipo de férias em que só se pensa em beber e sair até altas horas da madrugada, não sei se é correcto dizer que atingi uma certa maturidade que parece que já não tenho tempo para coisas fúteis aquelas que muitos dos meus amigos gostam de fazer, enfim se eu tivesse alguém que me acompanhasse…infelizmente tive aquele acidente que me deixou de perna partida e sem poder ir para os meus retiros e então tenho de depender sempre de alguém, é mau demais pois se me tiram a minha liberdade quase que me tiram tudo, os erros pagam-se caro e eu estou a pagar pelos meus mas vou acreditar em mim para poder recuperar aquilo que me faz viver, o meu pequeno mundo para mim bem mais interessante que aquele mundo mundano onde a rotina se apodera e onde nada parece ser diferente.
Às vezes pergunto-me se as pessoas de quem conheço e que fazem sempre a mesma coisa não se sentem cansadas das vidas que levam onde tudo é igual, onde a passividade invade a nossa mente, onde o sedentarismo acaba com a nossa criatividade, enfim se calhar eu é que estou mal e continuo a travar uma luta comigo mesmo em tentar mudar coisas que parecem ser bem mais fortes do que nós, mas ao menos posso dizer que não morrerei sem tentar fazer alguma coisa por quem gosto, apetece-me extravasar, como eu gostava de ter um companheiro, gostava mais de ter uma companheira com quem pudesse partilhar aquilo de que gosto e tentar transmitir aquele estado de espírito que me atinge quando estou no meu mundo, é tão lindo que não percebo porque é que as pessoas continuam a insistir em ficar enfiadas na vida citadina que à muito perdeu o interesse, onde a promiscuidade e os vícios abundam, mas enfim a rotina continua e sem duvida é mais fácil viver assim onde não temos de fazer nada para alem daquilo a que estamos habituados e então estagnamos, paramos no tempo, eu pelo menos morro de tédio e não hei-de sentar-me e esperar que a única mudança na nossa vida seja a morte, a vida é bonita de mais para ficarmos quietos, se eu pudesse…deixa-me levar-te comigo mostrar-te porque me transcende o meu pequeno mundo onde a paz abunda, onde não existem guerras, onde o telemóvel mal chega, onde ninguém te chateia, onde percebes o quão somos pequeninos e fúteis, onde já mais te esquecerás de ter estado lá, deixa-me pelo menos tentar fazer com que tenhas a oportunidade de saber se gostas ou não gostas, como eu era feliz se me deixares levar-te lá…por agora fico com o prazer de te ter conhecido e de poder estar contigo em pensamento numa noite linda como esta. Inté